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Era o lifelong learning! Nas aulas ele explorava conceitos que ajudariam a predizer um futuro imprevisível em que competências aprendidas, muitas delas, se tornariam obsoletas antes mesmo de as usar. Era paradoxal. Era provocativo. Logo, um dos alunos perguntou:
– Então, aprender, pra quê?
Um sorriso se estampou no rosto do professor, porque a provocação surtira efeito. Em seguida, ele explorou a ideia que está presente nos movimentos disruptivos e exponenciais como o momento vivido.
As pessoas mudam de hábitos mais rapidamente. Crenças são quebradas com menos resistência. Isso gera disrupção que possibilita movimentos exponenciais.
Entenda-se disrupção como o movimento que altera drasticamente a sequência de um processo existente e exponencial como a escalada geométrica de negócios que não seguem o crescimento linear, comum até o presente.
É nesse mundo que vivemos, por isso a pergunta “aprender pra quê?” é impactante. O professor estava entusiasmado com a oportunidade de respondê-la. Destacou a importância de aprender a desaprender para poder aprender a inovar, a empreender e a transformar com humanidade.
Por trás da ideia de aprender a desaprender estava presente a importância de resgatar conceitos, ideias e práticas que um dia foram relevantes para aproveitá-las com as tecnologias que antes não existiam. “O que importa é o sentido daquilo que se fazia em busca daquilo que se queria”, dizia o professor.
Para ele a energia eólica não é inovação, porque sempre foi usada, assim como energia solar que faz parte da história. O professor destacava que sequer a tecnologia existente hoje, como IA, CRISP CAS9 ou computação quântica são inovações.
Ele dizia que essas tecnologias são apenas o resultado de uma inovação que já aconteceu no interior de um ser humano que a imaginou de maneira abstrata para torná-la uma realidade concreta.
“De boas intenções e de sonhos o inferno está cheio”, arrematou. Por fim, aprender, inovar e empreender levam a que a pessoa transforme o mundo. Atuar na própria área de ação num momento em que a disrupção e a exponencialidade batem à porta é a possibilidade de que cada um transforme o seu mundo e o mundo todo.
Enfim, aprender pra quê? Uma pergunta simples e complexa, porque nela está presente a intenção, a finalidade e o objetivo daquilo que se aprende. É uma pergunta que uma vez respondida nos mostra o caminho, alinhando intenção e ação. Aprender é uma intenção e uma ação. A intenção vai nos dar o caminho. Inovar é uma abstração. Empreender é a ação que vai revelar a intenção da inovação que gerará a transformação.
Por isso, aprender para desenvolver as competências que permitem se reinventar e reinventar a profissão de secretariado para que se tenha um mundo melhor e com sentido.
Por fim, as perguntas: o mundo é melhor com aquilo que você aprende, inova, empreende e transforma? O que você faz, faz sentido? Senão, por que você faz o que faz?
O aluno agradeceu a resposta!
Colunista Moacir Rauber
Blog: www.facetas.com.br
E-mail: mjrauber@gmail.com
Home: www.olhemaisumavez.com.br
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