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A armadilha é quando as pessoas acham que precisam treinar ainda mais, pois os resultados não estão compatíveis com o esperado e acabam piorando o quadro, ocasionando lesões ou uma grande apatia emocional e desânimo. Este descanso, na realidade, é o recarregar da bateria.
A recuperação dos músculos após a atividade física diminui as dores e a fadiga no dia seguinte à prática, melhora o desempenho dos treinos seguintes e aumenta a massa muscular. Estudos mostram que o benefício ao corpo não acontece no momento da atividade e, sim, no descanso.
Existem duas etapas para a recuperação muscular: a que repõe o estoque de energia que o músculo utilizou durante o exercício (onde a reposição é feita por meio da ingestão de carboidrato, absorvido pelas células em forma de glicogênio.
Um exercício de força provoca pequenas lesões no músculo, que são “curadas” pelas proteínas sintetizadas por células do tecido muscular durante a atividade física. Essa regeneração é o que leva ao aumento da massa muscular. Mas, para o músculo se recuperar completamente, ele deve descansar por 48 horas).
Durante corrida de longas distâncias o corpo é colocado em extremo stress físico e metabólico. Do ponto de vista físico, a corrida é um esporte de mecanismo repetitivo! As musculaturas envolvidas, após um treinamento longo, sofrem micro traumatismos decorrentes dos movimentos repetitivos.
E estas lesões ocorrem por toda extensão muscular e impedem que o músculo gere força na próxima atividade, a menos que tenha havido repouso e o músculo tenha tido tempo para se regenerar. Já para as pequenas distâncias, pode ocorrer micro lesões de dimensões maiores, em uma extensão menor da musculatura.
Do ponto de vista metabólico a corrida executa um metabolismo dependente de oxigênio (aeróbico). Isto significa que cada célula se transforma em uma “usina” produzindo mais energia. Esta produção de energia gera um “lixo”, o ácido lático. Ele impede fisiologicamente que a musculatura gere mais força ou mantenha seu nível de força constante. Desta forma a tendência é que a musculatura se fadigue ao final do treinamento. Sendo assim, fazer outros treinamentos metabólicos e físicos para variar os estímulos é importante para obter um melhor resultado.
Claro que não podemos afirmar que quem corre todo dia pode se machucar, mas há risco maior da pessoa se lesionar e/ou entrar em um estado de overtrainning e os resultados poderão não aparecer, pois ele perderá performance. Durante o repouso o corpo regressa ao estado anterior. O ácido lático será reabsorvido e as micro lesões serão regeneradas.
Colaboradora Cristiane Fernandez
Triatleta / Ultramaratonista
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