Pensávamos que tudo estava sobre o nosso controle, quando de repente os noticiários anunciam que um vírus codinome “novo coronavírus” estava vindo para ameaçar meu controle. Mas, o que é o coronavírus?
“Segundo o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Dr. Estevão Portela, em entrevista à Agência de Notícias da Fiocruz, de 05/03/2020.
“Os coronavírus são vírus conhecidos por causar infecções respiratórias e, em geral, provocam resfriados leves. Eles estão associados a um terço dos casos registrados no mundo nas épocas mais frias. O novo coronavírus, nomeado pela Organização Mundial de Saúde como Covid-19, é um vírus RNA com alta capacidade de mutação. Existem quatro gêneros deles: alfa, beta, delta e gama, sendo alfa e beta os únicos capazes de infectar seres humanos. Além do ser humano, o coronavírus pode infectar também diversas espécies de animais. É importante ressaltar que muito rapidamente a China conseguiu identificar o agente causal da doença. Isso não ocorreu por acaso. É fruto do grande investimento em tecnologia que eles vêm fazendo ao decorrer dos anos. Além da identificação rápida eles também conseguiram decifrar praticamente todo o genoma do vírus. Divulgou-se por database para toda comunidade científica e o mundo inteiro teve acesso ao código genético de um novo patógeno que estava acontecendo em uma província na China já em busca de soluções. (fonte: https://agencia.fiocruz.br/covid-19-riscos-e-desafios-de-uma-doenca-emergente) – Agência de Notícias da Fiocruz”.
Fomos ladeados por tal notícia que nos trouxe uma ebulição de sentimentos como medo e insegurança, até atingir a nossa rotina diária. Desafio de mudança de hábito.
Um tempo desafiador que a ordem foi, desliguem os computadores, voltem para suas casas e de lá não saíam até a segunda ordem.
As autoridades e os especialistas juntos trazendo as informações através dos meios de comunicação, você, profissional se vê diante de um novo desafio, ficar em casa. Essa foi a orientação imediata. Diante de um novo cenário, seu trabalho passa a ser o home office. Palavra esta que para muitos soava apenas como algo inovador, mas em sua mente um alerta é acionado e soa estranho quando a ordem é permanecer em casa.
Prisão? Ou liberdade, mas… estou acostumado nas idas e vindas da instituição, com enfrentar o “vírus” que está não só arriscando a minha integridade física, mas, a minha vida social, profissional e econômica, que antes eu tinha certeza que estava sob meu controle de hábitos.
Não obstante este desafio, passei a desconectar de atos tão simples como contato físico, tendo que ter limites de espaços físicos com as pessoas do meu convívio.
Como me desconectar e me desumanizar do outro? Quem poderá nos salvar?!
A COVID-19, além do enunciado acima, que atinge principalmente as vias respiratórios, também passou a ser o meu impeditivo do simples aperto de mãos, abraços e tantos dos meus hábitos físicos com o meu próximo? Estranho demais para eu me adaptar com este novo comportamento, afinal sou parte de uma cultura acolhedora.
Vamos buscar informações de como lidar com esta novidade de comportamento social.
O coronavírus é tão perigoso que mudou a minha vida tão repentinamente, e, precisei tão logo das informações qualificadas que me apresente o melhor argumento para o convencimento que eu estou desconectado, e distante do meu dia a dia.
Novamente, fui tomado por um misto de sentimentos que invadiu e roubou algumas expectativas, muda meu trajeto, mexe com meus planejamentos, e, sendo bombardeado por mais e mais informações de todas as pontes de comunicação social, pessoas sendo estas de quaisquer classe social e idade vão acoplando as estatísticas de riscos.
Atingem a economia, o caos social é formado. Como enfrentar a crise já acionada em todas as partes? Sendo não somente na casa, na minha cidade, e muito menos no meu estado ou país, agora é no mundo! O Globo terrestre está ameaçado. Qual será o meu papel neste momento, será que eu grito, salve-se quem puder!?
Então não é apenas uma nova Ordem Mundial, é uma guerra anunciada ao homem contra um vírus.
Respiro, penso e mexo no meu HD cerebral que logo vem a minha memória o que o Filósofo Nietzsche acreditava:
“Que o homem possui não apenas a dimensão racional, supervalorizada pela modernidade, mas também uma dimensão imaginativa que é particular e profunda; que dá sentido à vida tanto quanto a razão. Foi um crítico da modernidade que, segundo ele, é constituída por uma falsa ideia de além-mundo que retira do homem sua força e sua vontade de viver este mundo, tornando-o fraco e impotente. E valorizou os filósofos antigos que voltavam seus pensamentos para a natureza. Sua proposta filosófica é o super-homem, um ser que irá transcender a terrível condição na qual se encontra o homem.”
Minha consciência entra numa metamorfose e compreendo que estou diante de uma guerra contra um vírus, e, é isso, resgato as primeiras forças e me vejo como um soldado, necessito combater nesta guerra, e o meu papel é usar as armas da minha comunicação e avançar, pois vou pronunciar e quero participar. A questão não é estar preso dentro de casa, agora estou desconecto com algumas habilidades, entretanto, passo a me conectar de tal forma em que minhas mãos não alcança as mãos do meu próximo, porém, estou impedido de um simples aperto de mãos, contudo, posso teclar e de certa forma vou contribuir para um novo atalho de hábitos, que de uma maneira ou outra vou continuar com a conexão que a distância que nos une.
Como qualquer outro soldado na guerra, preciso das armaduras, da reflexão, da introspecção, que refaz um novo sentido de vida para eu continuar existente.
Novas necessidades aparecem e eu serei um protagonista neste novo cenário ou mais uma vítima que aguarda ser atingida pelo inimigo maior, um vírus! Então a resposta está entrelaçada na decisão que seja o melhor para vencer a guerra. Quais são os valores que estão diante de mim? Revolvi, que a minha decisão é seguir em frente. Diante do novo que me surge todos os dias.
Cada novo momento desta guerra, passou a ser antes da batalha, lavem bem as mãos, usem bem os produtos que desinfetam, e, assim que você passar a atirar no seu novo alvo, que é o vírus tão assombroso. Os noticiários continuam trazendo novos dados alarmantes, os mortos crescem cada vez mais e o vírus avança, porém, eu reflito, se estou vivo, e a saúde me firma é por quê esta desconectado.
Então, reflito mais uma vez, não vou parar. Está dentro de mim sentimentos de humanidade, eu posso ajudar? Vou contribuir enquanto a saúde me impulsiona, e começo a me (re) conectar, pois, sou solidário, sou voluntário, sou cooperador, uso meus ombros e te carrego comigo, venha, esta quarentena vai passar, seus dias de isolamento vão passar.
Vamos voltar aos campos, conquistar, sairemos melhores deste processo, pois em dias de frios, nossos agasalhos foram a resiliência e esperança. Porque não é uma estação ambiental, é apenas um relapso temporal. VAI PASSAR.
Colaborador Alexandre Porto
Pesquisador, professor, conselheiro do Pepitas Secretaries Club
Instagram: @xandeporto
Facebook: Alexandre Porto
(Tempo estimado de leitura 7 min)
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