(Tempo estimado de leitura 04’15”)
Ela se lembrava do clima tenso e das palavras ditas que agrediam e machucavam porque tinham a intenção de ofender. Ela, num movimento para mudar o rumo da situação, pôs-se a rezar no oratório que tinha ao lado da cama. Era ali que ela fazia as suas orações de agradecimento, a sua meditação diária e era para onde ela se dirigia sempre que precisava encontrar apoio para as dificuldades. O marido a viu em seu espaço e, ainda carregado pela irracionalidade da discussão, disse:
Ele não obteve resposta à sua provocação, porque a esposa optou pelo silêncio. Ele a observou com irritação e saiu do quarto. A temperatura começava a baixar. No momento que ela me contava o ocorrido eu também fiquei curioso para saber “para que ela rezava”.
Ela disse que esse era um momento muito especial em que buscava o seu equilíbrio e a sua força. Para ela, a oração era uma âncora que a estabilizava em momentos difíceis, impedindo que dissesse aquilo que não queria dizer ou fizesse algo que depois a levasse a se arrepender.
Por isso, pergunto: qual é a sua âncora? Particularmente acredito que todos nós precisamos nossas âncoras em diferentes momentos da vida para nos estabilizarmos. As dificuldades fazem parte da complexidade da vida humana, porém como cada um age ou reage diante delas é que faz com que os resultados sejam positivos ou negativos.
O ego exige a satisfação imediata das necessidades. Desse modo, muitas dessas pessoas que acreditam ser besteira rezar, meditar ou agradecer diante das dificuldades encontram alívio nas bebidas, nas drogas ou em outros vícios que lhes proporcionem sensações imediatas de satisfação.
Para isso, alguns rezam diante das dificuldades para poder se centrar e distinguir aquilo que é luz ou sombra. Outros meditam para encontrar o equilíbrio entre o que é positivo ou negativo. Outros ainda louvam, agradecem ou fazem atividades físicas para poder encontrar o centro do seu ser e fazer aquilo que realmente querem fazer.
Ela se recorda que algumas horas depois ambos, marido e mulher, já haviam superado a discussão para renovar as intenções de continuar os próximos trinta anos juntos. A sua âncora havia estabilizado as emoções e equilibrado a situação. O Natal é um período apropriado para se encontrar o equilíbrio em nossas vidas e em nossas relações por toda a positividade que o acompanha.
Por fim, qual é a sua âncora?
FELIZ NATAL!
Colunista Moacir Rauber
Blog: www.facetas.com.br
E-mail: mjrauber@gmail.com
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