(Tempo estimado de leitura 04’10”)
– Acho que nós somos muito parecidas, temos caráter e personalidade fortes…
Escutei sem nada dizer, embora me tenha vindo à mente a frase, “não justifique a sua má educação com ter caráter e personalidade fortes”. Por que esse pensamento? Creio que, em parte, representa um julgamento meu.
Isso me leva a entender que ambientes de trabalho têm se tornado tóxicos, amizades têm sido desfeitas e relações familiares se deterioram porque adolescentes, adultos e anciãos têm usado essa justificativa para serem mal-educados.
Acredito que tudo que precise ser dito possa ser dito, mas depende de como é dito. Por isso, é importante entender a diferença entre personalidade e caráter. Parte-se da ideia de que personalidade é o conjunto de formas como uma pessoa age, reage e interage com as demais pessoas, as suas características marcantes.
Ser intenso não quer dizer ser agressivo e ser inflexível pode revelar outra personalidade, não exatamente força. Desse modo, quando uma pessoa exibe constantemente determinados comportamentos, ela revela os traços de sua personalidade. Por outro lado, caráter está mais relacionado com a índole da pessoa que a levam a tomar determinadas atitudes frente a situações que exigem uma escolha moral.
A psicologia positiva reforça o posicionamento ao enfatizar o impacto das forças de caráter no desenvolvimento das virtudes em que os conflitos e as divergências existem, mas não necessariamente são negativas. Desse modo, entendo que muitas pessoas têm usado a falsa justificativa de ter caráter e personalidade fortes para serem agressivas, deseducadas e faltarem com o respeito.
Qual é a sua personalidade? Enfim, suponho que temos conhecimento suficiente para que cada um desenvolva os recursos de personalidade e de caráter para fazer deste um mundo melhor. Senão, qual a razão de estarmos nele?
Colunista Moacir Rauber
Blog: www.facetas.com.br
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