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Por isso, nos organizamos em sociedade com regras, condições e limites entre os direitos e os deveres individuais. Ao longo da sua história a humanidade modificou hábitos e costumes, bem como criou e desenvolveu a tecnologia que nos acompanha. Igualmente, a forma de transmissão do conhecimento sofreu alterações.
Eles também eram os responsáveis pela transmissão dos rituais, dos costumes e das diferentes mitologias que envolviam as mais diversas culturas. Aquilo que se transmitia presencialmente passou a ser registrado metodologicamente e a transmissão do conhecimento já não exigia a presença do outro. O grande conselho de anciãos foi substituído pela ciência. Porém, a busca humana continua sendo pela felicidade. O que isso nos revela?
A metodologia científica foi e é responsável pela melhoria de muitos indicadores de saúde e de qualidade de vida naquilo que se refere ao desenvolvimento de equipamentos, medicamentos, tratamentos e a tecnologia aplicada que se fundamentam na lógica.
Considere-se ciência como o “corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia).
Portanto, a aquisição e a transmissão de conhecimentos que usam o método científico precisam ser lógicas. Assim, entendo que ao usar a ciência para todas as áreas, inclusive substituindo o “conselho de anciãos”, se perdeu algo. O Ser Humano não é lógico. A sua busca é a felicidade.
Entenda-se felicidade como sendo “um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vão desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Felicidade).
A felicidade, igualmente, não é lógica, pois é uma busca pelo bem-estar espiritual e uma paz interior que não pode ser parametrizada como a ciência exige.
A busca pela felicidade é um movimento único, individual e singular. Entendo que a metodologia científica não a lograria entender. Mais recentemente surge a neurociência que consiste no “estudo sobre o sistema nervoso e suas funcionalidades, além de estruturas, processos de desenvolvimento e alguma alteração que possa surgir no decorrer da vida” (https://www.passeidireto.com/).
A neurociência constata muitos dos fenômenos que ocorrem no cérebro há milhares de anos. A plasticidade cerebral, dada como uma descoberta da neurociência, está presente na formação do conselho de anciãos.
As sociedades antigas sabiam que a probabilidade de maior sabedoria com o passar da idade era grande. Ou seja, podemos aprender por toda a vida estava implícito na formação do Conselho de Anciãos. Portanto, essa descoberta da neurociência não cria algo, mas traz à luz algo que acontece.
Por isso, acredito que, em muitos casos, a ciência e a neurociência vão nos levar a uma viagem de retorno às nossas raízes. É um caminho de reconexão como os nossos ancestrais. Ainda precisamos do “Conselho de Anciãos”, assim como a ciência e a neurociência são fundamentais.
Colunista Moacir Rauber
Blog: www.facetas.com.br
E-mail: mjrauber@gmail.com
Home: www.olhemaisumavez.com.br
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